terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pedido ao Destino

Nada pedir ao destino. Não, nada mais pedirei ao destino. Eis que ele, ela (ou quem?) A mim tudo provê E mostra. Nossos ganhos são tanto e tão imensos, E ignorados. Nossas dúvidas infantis, Nossas dores egoístas, Nossos sonhos miúdos. Não mais, Nada e a ninguém Pedirei por e para mim. Talvez não consiga, de pronto, Abandonar o vício da súplica. Pedirei, sim, Só ao Deus, à Deusa, Ao Universo, Fé, lucidez e desapego, E um tantinho de felicidade Para meus amores daqui. Ah, e ainda me abuso, E se for da Vontade Divina, Que possa ainda ensinar O bem pouquinho que me foi ensinado. Que me seja sempre apontado o bom rumo E que minha compreensão seja Do tamanho de meu merecimento.

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