sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O Saber dos Elementos - Água (I)

Hoje foi um dia atípico. Apesar da previsão de chuvas com possibilidade de temporais, a forte chuva que começou na primeira hora da madrugada foi de intensidade poucas vezes vista. Não só em volume, mas também na duração de suas preciitações, bem mais longas do que habitualmente ocorre. Diria ainda mais: Não percebi, no correr do dia, algum momento "seco". Ao ser citado, o elemento água traz imediatamente alguns de seus significados: Água lembra vida, limpeza, saciedade, fartura, entre outras tantas associações ou conexões. Mas também lembra transformação, mudança, destruição, morte. A vida no Planeta Terra teve seu berço na água. Evoluímos, até finalmente alcançar a terra firme, mas sempre dependendo da água. Somos gerados, nós, vertebrados, envoltos em líquido aquoso, até adquirmos a condição necessária para sobreviver no meio externo. Fica aqui o registro de uma dúvida: Bactérias anaeróbicas, em algum momento de seu desenvolvimento precisam de água? Nem em seu citoplasma?
Mas voltando à necessidade do elemento como fonte de vida e sobrevivência, pouco lembramos de sua formidável capacidade de arrasar, em poucos instantes, obras humanas, modificar cursos, inundar e carregar materiais construídos ou naturais. Ouve-se, quando o elemento Água toma a si a correção dos desmandos humanos, do desrespeito à natureza, do descaso e da ganância. queixas. Já ouvimos queixas sobre bueiros que transbordam (porque são costumeiramente entupidos de lixo), queixas do que chamam de "fúria das águas" derrubando construções em encostas desnmatadas, arrastando pontes, cavando crateras em estradas. Encheria páginas sobre as respostas que o Elemento água nos dá, e outro tanto justificando cada uma delas. Falei acima dos aspectos materiais, visíveis fisicamente, plausíveis e incontestes, embora ignorados por quase todos. Sem esqucer ertos comentários produzidos por seres obtusos, simplórios ou mal-intencionados sobre a"crueldade das águas", os prejuízos causados e o sofrimento de quem é atingido por inundaçõs... mas que moram, poluem e contaminam as margens de rios, lagos, cursos dágua. Sim, são ignorantes. Mas dependem e vivem da mesma água destroem. Outros ainda mais perversos são os que, deliberadamente exploram as águas de forma criminosa e nem tão clandestina. Arrancando areia do leito dos rios, o que altera todo o ecosistema. Que planejam suas empresas poluidoras próximo aos cursos d'água sem prover nenhum tipo de tratamento do lixo tóxico que despejam. Das carnificinas produzidas poela poluição em nossas águas, por esgotos sem tratamentos, água furtada à vista de todos para abastecer plantações nos latifúndios, enquanto governantes todos fazem vista grosssa. Por todos os cursos dágua que já morreram, canalizados e transformados em eesgotos,pelos grandes rios hoje agonizantes e mortos, por toda a biodiversidade aniquilada, extinta, sem volta.
Como Mulher das Águas que me sei desde muito cedo, me incomodam, irritam e agridem comportamentos como estes, e mais ainda o desprezo coccm que são/somos trtados cada vez que manifestamos nossa opinião. De sua majestosa e explícita maneira de nos trazer, à vista, o que recuamos enxergar. POr isto, a cada tempestade, saúdo e reverencio o Elemento Água, com todas as transformações que trazem com elas. Saúdo, molho minhas mãos (ou me banho), colho dela algumas gotas preciosas. Cultuo ao Elemento água, ainda mais quando em sua forma impetuosa, acompanhada pelos tambores celestes, soberbos em sua música divina, e aos luzeiros rápidos, capazes de nos mostrar, com os olhos (também do corpo) e da alma, muito mais do que qualquer outra luz. Basta nos dispormos a enxergar, e interpretar nossas visões. Sem pressa, sem ansiedade. Dias e noites de tempestades são tão poderosos que, somente em momentos de intenso temporal podemos, conhecedores do ritual adequado, desatar nós oriundos da baixa magia. Ressaltando sempre que só nos enrodilham encantamentos e conjurações de baixa magia que permitimos alimentar algum ou alguns inmigos interiores. Fórmula do encantamento? Considero uma ação de extrema responsabilidade, e portanto, não será postada. Além desta precaução, ainda cabe alertar que cada homem ou mulher deve, como primeiro passo, identificar seu elemento, e isto não se trata apenas de simpatia ou correlação com signos astrológicos, entidades protetoras de outras religiões e nem será revelado em oráculos operados por não-iniciados na arte da Magia Branca. Mas algumas dicas podem ser úteis; Sempre que pressentir uma tempestade, faça, com suas próprias palavras, uma saudação ao Elemento Água, às Elementais que lhe formam, constituem e movimentam (as ondinas), às Mulheres das águas (que habitam rios, lagos, lagoas, mares, oceanos e inclusive águas subterrâneas. Dedique alguns minutos antes da tempestade a desejar, de forma ardente e sincera, que a humanidade tome consciência acerca dos males e violências infringidas a´Elemento Água. E, por que não, pense seriamente em alguma ação por menos impactante ou visível que seja, a colaborar para isto. Pode ser fechar a pia ao escovar os dentes ou louça, aproveitar alguma água já usada ppara fins que não exijam água limpa, não deixar papéis jpgados na rua próximos a bueiros, ou, quem sabe, partir para alguma ação mais visível. Que talvez possa ser, sabe-se lá, partilhar conosco do culto, celebração e limpeza astral em alguma tempestade.

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