Nosso pior inimigo encontra-se abrigado em nossa relutância. Em nosso medo, em nossa acomodação.
A necessária transformação interior é dolorosa e sacrificial; As energias acomodadas em nossa trajetória não serão tocadas sem reação.
Tememos mais as influências externas, que podemos repelir, do que aquelas que nós mesmos geramos e alimentamos.
Construímos nossos próprios carrascos.
Edificamos nossos cárceres.
Mesmo conhecedores de nossa capacidade, decidimos trilhar o caminho da dor e da queda, recusando as inúmeras portas que poderiam nos levar a outras estradas.
Pensar que tudo tem seu tempo é apenas um lugar comum para justificar a indolência.
Encontrar desculpas nas falhas alheias, daqueles em quem poderia encontrar apoio, aí está a verdadeira hipocrisia.
Mesmo a natureza tem seu limite, quem dirá a persistência nossa, imperfeitos humanos que somos. Maior que seja o carinho, o amor, a amizade e a lealdade, por vezes cansamos.
Esperamos, daqueles a quem nos dedicamos e comungamos a alegria e a dor, que aceitem a ajuda ofertada.
Aguardamos algum sinal, como a terra seca aguarda os sinais da chuva transformadora.
Porque já entendemos que em terra árida é impossível a semeadura. E que a luta pela transformação íntima só acontece a partir do despertar da consciência de cada um.
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