segunda-feira, 22 de abril de 2013

Não Somos as Únicas Vítimas?

Há poucos minutos, escrevi um texto direcionado, e por isto mesmo, não-público.
Mas o eixo central me inquietou, e trago aqui, mais para reflexão, a ideia central;
Antes de entrar no assunto, reafirmarei o óbvio, que imagino do conhecimento dos leitores do blog. 
As chamadas obsessões, ou influências energéticas emitidas, podem ser emitidas entre espírito-vivente, vivente-vivente, vivente-espírito ou espírito-espírito. 
Esta definição é aceita por várias correntes espiritualistas e citadas claramente nas obra de Kardec.
O questionamento, no caso, é sobre todo o tipo de ações ditas compulsivas, diagnosticadas como influência espiritual do espectro sobre o encarnado.
Se todas estas ações são lesivas ao corpo e ao espírito, o compartilhamento das mesmas não acarretariam, por acaso, danos a ambos os espíritos? 
Afinal, se o espírito do encarnado é mutilado pelo uso de substâncias diversas, ao jogo, ao sexo descontrolado, e se o espectro indutor usufrui das sensações do indivíduo encarnado, não sofreria, porventura, também os danos de tais ações?
Estas considerações, se devidamente avaliadas, desmistifica a ideia maniqueísta dos maus espíritos que influenciam e corrompem o encarnado. As pretensas vítimas de influência maléfica deixam de ser assim tão vítimas, e podem ser, até certo ponto, consideradas co-autoras dos danos sofridos, ou compartilhados.
Assumir a participação nos infortúnios antes facilmente atribuídos a outrem, certamente é incômoda descoberta, de difícil assimilação, de dolorosa aceitação.
Afinal abandonar autopiedade e compartilhar a responsabilidade pelos desatinos antes desculpados pela intervenção alheia, pode mudar toda a concepção acerca da própria infelicidade.

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